ESTUDO DE VIABILIDADE:
Há 8 milhões de brasileiras com endometriose, destas, 800 mil com comprometimento intestinal. Por ano, 150 mil pacientes são operadas por ginecologistas, menos de 4 mil são operadas por endometriose intestinal e somente mil por equipes multidisciplinares que inclui proctologistas. Surgem 20 mil casos novos de endometriose intestinal por ano, sendo esta patologia a primeira causa de afastamento do trabalho de mulheres jovens, de cirurgias não obstétricas, cirurgias múltiplas, incompletas e mutiladoras, como histerectomia, ooforectomia e pan-histerectomia. Contribui com 50% das causas de infertilidade, acarretando problemas de relacionamento conjugal e sofrimentos emocionais. Esta doença complexa, silenciosa e devastadora, não é maligna nem letal. Em muitos casos a cirurgia é mais complexa do que a do câncer. Preservar o órgão e sua função é mais difícil do que ressecar, traz um desafio gigantesco ao médico, exigindo aprimoramento cirúrgico, além de compartilhamento com outros profissionais no mesmo campo e convivência com pacientes sofridas e devastadas. Infelizmente, estamos aquém de um centro de excelência modelo que capacite profissionais comprometidos com esse perfil. Precisamos mudar esta realidade