HEMANGIOMA HEPÁTICO

HEMANGIOMA HEPÁTICO

HEMANGIOMA HEPÁTICO

HEMANGIOMA HEPÁTICO

O hemangioma hepático representa o tumor benigno mais comum do fígado, sendo observado em 2% a 7% da população geral e de 3% a 20% em autópsias. É mais comum em mulheres na relação de 5:1 a 6:1 e sua incidência é maior entre 3a e a 5a década de vida. Seu crescimento pode estar relacionado a níveis hormonais e exposição e altos níveis de estrogênio e progesterona, tal como ocorre na multiparidade, na gestação e no uso de contraceptivos orais, que pode ser a razão da frequência maior em mulheres. Entretanto, sua patogênese ainda é controversa.

A etiologia do hemangioma não é completamente esclarecida, embora a anormalidade congênita tenha sido suspeitada. Ele geralmente se origina da proliferação de células endoteliais vasculares, sendo composto por múltiplos grandes vasos, dentro de um estroma fibroso. Esses hemangiomas aumentam de tamanho por ectasia em vez de hiperplasia. São tumores bem-circunscritos, com uma bainha fibrosa que os separa do parênquima hepático e seu suprimento sanguíneo se origina da artéria hepática. Não existem relatos de transformação maligna de hemangiomas em acompanhamento em longo prazo.

O hemangioma é normalmente assintomático, apesar do tamanho, e o paciente apresenta função hepática normal. Ele pode aumentar de tamanho em 10% a 20% dos pacientes e, por ocupar espaço e deslocar outros órgãos, pode tornar-se sintomático, causando dor no quadrante superior direito do abdomen, náuseas e vômitos.

As queixas mecânicas são originadas a partir do descolamento de outros órgãos, distensão da cápsula de Glisson, infarto ou sangramento da lesão. A ruptura traumática ou espontânea de um hemangioma gigante é um achado incomum, entretanto, quando ocorre, a mortalidade é elevada.

A síndrome de Kasabach-Merrit é uma complicação rara, caracterizada pela combinação de tumor vascular e coagulopatia de consumo. A coagulopatia pode evoluir para coagulação intravascular disseminada. Estes pacientes podem apresentar trombocitopenia grave, baixos níveis de fibrinogênio e aumento dos produtos de degradação da fibrina. O objetivo do tratamento nesses casos é retirar o hemangioma, tornando a síndrome reversível.

Diversas modalidades diagnósticas têm sido utilizadas como a ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Como regra, não há indicação de tratamento cirúrgico. A observação desse ser reservada para pacientes assintomáticos, entretanto a ressecção deve ser uma conduta de exceção, reservada para pacientes com sintomas exuberantes, lesões em que o diagnóstico seja incertos e hemangiomas complicados. Estes estes últimos temos síndrome de Kasabach-Merrit, a insuficiência cardíaca congestiva por hiperfluxo, a torção e a ruptura em peritônio livre.

Abaixo um artigo falando sobre o tratamento cirúrgico do hemangioma hepático:

 

Outcomes of surgery for giant hepatic hemangioma

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