LESÕES POLIPOIDES DA VESÍCULA BILIAR

LESÕES POLIPOIDES DA VESÍCULA BILIAR

LESÕES POLIPOIDES DA VESÍCULA BILIAR

LESÕES POLIPOIDES DA VESÍCULA BILIAR

O termo lesão polipoide da vesícula biliar (LPVB) é definido como qualquer projeção (lesão elevada) na superfície mucosa da parede da vesícula. Embora a maioria das lesões polipoides seja de caráter benigno, alguns carcinomas precoces da vesícula biliar podem apresentar as mesmas características.

A LPVB ocorre em ampla faixa etária, com maior prevalência nas 5ª e 6ª décadas de vida. Acometem cerca de 3% a 7% da população adulta saudável submetida à ultrassonografia, fazendo parte das doenças mais comuns da via biliar. A prevalência em espécime de colecistectomia varia de 3% a 12%. Ocorrem mais frequentemente em mulheres que homens (proporção de 16:7). A mais comum lesão polipoide da vesícula biliar é o pólipo de colesterol (46% a 70%). Dependendo da amostra e do tamanho da lesão, o percentual de lesões malignas varia de 0% a 27%. Os adenomas e adenomiomas da vesícula biliar são lesões reconhecidamente pré-malignas e frequentemente são acompanhadas de colelitíase. Nestes casos, os cálculos podem desencadear processos de hiperplasia inflamatória, hiperplasia atípica ou transformação em carcinoma in situ.

A diferenciação entre lesões tumorais e não tumorais tem implicações prognósticas. No entanto, esta distinção pode ser difícil de realizar por meio de exames pré-operatórios. A incidência de lesões tumorais é maior em pacientes com mais de 50 anos de idade, bem como naqueles com diâmetro superior a 10mm. De maneira oposta, a incidência de lesões não tumorais é maior em lesões com menos de 10mm de diâmetro.

A ultrassonografia é o exame de primeira linha para o diagnóstico das lesões, sendo capaz de identificar a localização em relação ao fígado, o tamanho, o número de lesões, a associação com cálculos e as alterações da parede da vesícula biliar. A ultrassonografia endoscópica também tem sido utilizada para o diagnóstico destas lesões. A tomografia computadorizada tem sido utilizada para diferenciar lesões polipoides neoplásicas e de não neoplásicas.

Constituem-se em indicação cirúrgica para colecistectomia: lesão maior ou igual a 10mm de diâmetro; lesões com tendência a aumentar de tamanho em pequeno intervalo de tempo; pacientes com mais de 50 anos de idade; lesão polipoide única de base larga (séssil); coexistência de cálculos ou colecistite; pedículos largos, longos ou pólipos localizados no colo da vesícula biliar dificultando seu esvaziamento, associados a cólica biliar; lesão polipoide associada a espessamento local da parede da vesícula; e lesão localizada junto ao parênquima hepático.

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