Tendências temporais na incidência e mortalidade do câncer colorretal (CCR) entre adultos com 55 anos ou mais mostraram um declínio por várias décadas, particularmente entre adultos com 65 anos ou mais. Embora mudanças na exposição a fatores de risco são responsáveis por cerca de 50% da redução na incidência e um terço da redução na mortalidade antes de 2000, declínios acelerados em incidência e mortalidade desde os anos 2000 são amplamente atribuíveis ao aumento do rastreamento e melhora no tratamento. Em contraste a esse cenário, entre adultos com menos de 55 anos, houve um aumento de 51% na incidência de CCR entre 1994 e 2014 e um aumento de 11% na mortalidade de 2005 a 2015.
Alguns fatores de risco associados a um estilo de vida ocidental demonstraram aumentar o risco de CCR:
Assim, há uma oportunidade importante para reduzir o risco em toda a população por meio da conscientização e mudança no estilo de vida.
O risco de desenvolver CCR também está associado a várias síndromes hereditárias, quando existe história familiar de CCR, algumas doenças crônicas (ex: doença inflamatória intestinal, diabetes melito tipo 2) condições médicas, incluindo crônicas e história de radiação abdominal ou pélvica para tratamento de outro câncer.
A detecção e subsequente remoção de lesões precursoras do CCR (pólipos) em um estágio precoce e mais favorável, durante a triagem, demonstrou reduzir significativamente tanto a incidência quanto a mortalidade do CCR.
Seguem abaixo as recomendações para rastreio do CCR segundo a mais recente diretriz da American Cancer Society (ACS), 2018.
Quando iniciar e quando parar o rastreio do CCR:
Qual exame realizar para rastreio do CCR:
Essas recomendações citadas anteriormente são direcionadas para pessoas com risco médio de desenvolver CCR.
Pessoas com alto risco (história prévia de pólipos adenomatosos, história pessoal de CCR, familiar com menos de 60 anos com CCR, pacientes com doença inflamatória intestinal, síndrome hereditária de CCR, história de radiação abdominal ou pélvica) podem precisar iniciar a triagem mais cedo e repetir em um intervalo de tempo mais curto.
História prévia de pólipos à novo exame (colonoscopia) baseado nos achados do exame anterior (na histologia e morfologia dos pólipos)
Portadores de doença inflamatória intestinal à iniciar o rastreio, com colonoscopia, após 7 – 10 anos do início dos sintomas
Antecedente familiar de CCR à iniciar o rastreio 10 anos antes da idade do diagnóstico do familiar mais jovem, com colonoscopia
Pessoa com sintomas à realizar exame de colonoscopia de imediato